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6 de Maio de 2016 – O Monge e o Executivo

A forma de organização monástica não anda longe da forma de organização social. É como se cada um dos seus elementos tivesse uma tarefa específica a cumprir, e de quem se espera que a cumpra, efectivamente. Mas nem sequer é essa a questão que se coloca neste livro de...

5 de Maio de 2016 – Bye bye blackbird

Muitas vezes, andamos consumidos com a ideia de inventar a roda, quando a roda já foi inventada. E é nessas alturas que reinventar a roda pode ser mais arrojado do que procurar, sem sucesso, inventa-la. Este foi, claramente, um desses casos. O formato não podia ser...

4 de Maio de 2016 – Uma espécie de limite

Às vezes, apetece ficar naquela linha de fronteira, onde não se está num lado, nem no outro, nem, aparentemente, em lado nenhum. Como quem está à porta e não entra, mas também não vai embora. Como quem tem uma quantidade infindável de sons para debitar, mas não...

3 de Maio de 2016 – A versão «normal» de Obama?

É capaz de ser um bocadinho complicado pensarmos que o líder da maior potência mundial pode ser uma pessoa normal. Só o facto de ser Presidente dos Estados Unidos faz com que Barack Obama deixe de ser uma pessoa normal, e talvez nunca mais permita que o seja. De todo...

2 de Maio de 2016 – Uma rainha, uma santa, uma abadessa

O imaginário é, provavelmente, o aspecto mais forte da identidade de um povo. Às vezes, mais forte do que as evidências, ou que o património que persiste, é a interpretação que damos às coisas, a visão que temos das coisas que fazem com que determinado aspecto passe a...

1 de Maio de 2016 – Dia do (não) trabalhador

É curioso que não trabalhemos no dia que assinala a importância do trabalhador. Bem, no meu caso, terei oportunidade de trabalhar, ainda que não trabalhando como é hábito, mas, ainda assim, trabalhando, ou mostrando o fruto de um trabalho. Quando se (re)acendem os...

30 de Abril de 2016 – O meu soneto de Neruda

De repente, um soneto de amor de Pablo Neruda entranha-se na pele, e toma conta de cada poro. A poesia quer-se com a música da língua em que é escrita, mas, às vezes, precisamos de traduzi-la. Precisamos de moldá-la ao que queremos dizer, porque, no fundo, o que...

29 de Abril de 2016 – Ser tudo, para ser nada

Há dias em que queremos ser tudo, como as crianças que fazem birra quando vêem algo que desejam e que tem de lhes ser dado quase antes mesmo de o quererem. Eu gostava de ter a facilidade de compor uma sinfonia, ou várias. De poder fazer tudo o que quisesse à frente de...

28 de Abril de 2016 – Quando, lá atrás, já parecia fazer sentido

Em 2011, algures por aqui, o pensamento pairava sobre o tumor de que a «pólis» sofria, no tempo de Platão, como nessa altura, como sofre hoje. Passado este tempo, o tumor parece continuar lá. Talvez ainda maior, ou então do mesmo tamanho, mas com aparência diferente....

27 de Abril de 2016 – Escrever mais?

É sábado de manhã, e procuro o jornal. Ao lado, uma senhora desenha, calmamente, com perfeição, algumas letras alinhadas, numa folha de papel com linhas. Na aparentemente imensa folha A4 falta apenas um pequeno espaço, para o qual procurava a palavra certa. Tinha...