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O programa «Linha da Frente», da RTP, mostrou, recentemente, uma reportagem sobre as derrapagens das obras públicas. Mostrou alguns exemplos grandes, mas estes podem, facilmente, ser replicados em ponto mais pequeno, e, assim, percebermos para onde vai tanto dinheiro a mais. Em alguns casos, ainda bem, porque os equipamentos funcionam, servem o povo, melhoraram as condições de vida das pessoas. Mas, na maioria dos casos, apenas serviu para dar aso a interesses, uns mais outros menos obscuros. É, também, por aqui que estamos no ponto em que estamos. Porque umas vezes fazemos as coisas de uma forma, mas a pensar em outra. Outras vezes, fazemo-las sem projectar nem pensar. Outras, na vertigem de agarrar a oportunidade de fundos comunitários, esquecendo-nos de que há sempre uma percentagem nacional de investimento. Outras, ainda, porque, a meio, nos lembramos de que a obra ficava melhor com mais uns retoques. Vale a pena ver, e, já agora, pensar nisto.