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A sabedoria popular oferece-nos algumas das coisas mais belas que podemos imaginar, sem as termos de pedir, nem forçar. Como a natureza, surgem, espantam-nos e colam-se à pele, passando quase a fazer parte de nós. Com a «Chamateia», foi assim. E foi assim, porque, na sua essência, ela é, de facto, belíssima. Mas o arranjo para coro feminino, feito por Mário Nascimento, acrescenta-lhe esse toque de magia, de inesperado, de quase etéreo. Hoje, depois de obtida a partitura junto do compositor, começamos, no Orfeão de Arouca, a tentar dar outra vida à «Chamateia». Essa chamateia que oscila entre as danças açorianas da «chamarrita» e da «sapateia». Onde vamos, como diz a letra, sempre que a vida não nos corre de feição, e onde encontramos a distracção do que nos aflige no dia-a-dia. É isso que fazemos todas as quintas-feiras. É isso vamos tentar fazer, no próximo dia 4 de Junho.

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«Chamateia» | Coro Ninfas do Lis (Direcção: Mário Nascimento)