Muitas vezes, andamos consumidos com a ideia de inventar a roda, quando a roda já foi inventada. E é nessas alturas que reinventar a roda pode ser mais arrojado do que procurar, sem sucesso, inventa-la. Este foi, claramente, um desses casos. O formato não podia ser mais simples. O contrabaixo, que consegue ser o motor de qualquer formação em que se insira, e a voz, que traz a palavra que falta a tudo o que a música já tem em si. «Bye bye, Blackbird» é um tema que, com palavras simples, diz muita coisa. Diz que adeus talvez não seja bem adeus, porque os pássaros migram, não vão embora. Hão-de voltar, no verão, como as andorinhas, que andaram arredadas durante vários anos, mas aí estão outra vez. O «bye bye» não é bem um adeus. É uma despedida curta. Que se transforma em novo olá, à velocidade do «swing». Simples. Despojado.
Pessoal e Transmissível
Plagiando o nome do programa de entrevistas de Carlos Vaz Marques na TSF, este blog tem tanto de absolutamente pessoal como de absolutamente transmissível. O título surgiu da lembrança de um anúncio televisivo a uma agenda - «A Minha Agenda» - que, na altura, toda a gente queria ter. O conteúdo surge de retalhos de informação, de observações, de restos de material da minha agenda, que fizeram (ou não) notícias. Neste caso, material que não foi directamente notícia, mas que talvez pudesse ter sido. De um ponto de vista totalmente pessoal, mas totalmente transmissível. Bem-vindo.
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