Há dias em que andamos à procura, à procura, à procura das palavras e elas, de repente, aparecem em outro lado. Aparecem, por exemplo, às nove no meu blog. Não no meu, nesse outro, onde encontro, num texto de finais de Dezembro do ano passado, praticamente tudo o que queria ter dito. É por isso que sabe bem ler, como se os olhos fossem uma espécie de pernas que pedalam para exercitar o cérebro. E, em alturas como esta, é como se chegássemos a um destino, como se a caminhada feita fizesse sentido. Como se a viagem tivesse valido a pena. Nessa altura, roubam-se as palavras. E pronto.
meu amor
todos os dias te falo de esperança, de optimismo, de fé. tu não sabes, mas todos os dias é em ti que encontro o sentido da vida e a força vital que a tudo resiste.todos os dias te abraço como se fosse ali o primeiro dia da nossa vida. tu não sabes, mas todos os dias tenho vontade de entrar no teu abraço grande e morar lá dentro para sempre.todos os dias conjugo o verbo ir na certeza da tua mão. tu não sabes, mas todos os dias a minha bússola é a certeza do teu amor.todos os dias sacudo a poeira dos meus dramas absolutos. tu não sabes, mas todos os dias a minha inspiração é aquela tua luz, aquela certeza de fio invisível que me garante que se algum dia eu ficar sem chão tu me dás a mão e cuidas de mim assim, com abraços cheios de luz, para sempre.«Às nove no meu blog» – terça-feira, 29 de Dezembro de 2015
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